
Antes de mais, por uma conjugação virtuosa de vários fatores, os quais, em confluência, fazem desde já antever um evento-âncora para a modalidade em anos futuros. A prova criada pelo CPKA para 2022 tem, e bem, um propósito ambicioso.
Não se trata apenas de organizar um Rali com expressão nacional na orla da Área Metropolitana de Lisboa: o projeto, que tem vindo a ser profusamente trabalhado nas suas diversas vertentes, propõe uma conjugação equilibrada entre tradição e inovação, recuperando, por exemplo, a lendária classificativa de Montejunto, palco no passado de algumas das mais belas páginas dos Ralis em Portugal, enquanto de permeio ensaia um conjunto de novas e desafiantes estradas, inéditas na modalidade, assumidamente seletivas, para apresentar a patrocinadores, concorrentes e aficionados.
Na sua componente competitiva, o Rally de Lisboa reúne bastos ingredientes para se afirmar como um grande evento. A ideia, plena de oportunidade, em sedear o centro nevrálgico do certame no Parque das Nações, permitirá um contacto direito de milhares de espetadores com os principais artífices do espetáculo: máquinas e pilotos.
Uma Super Especial a disputar numa das mais nobres zonas da capital do país e junto ao principal eixo rodoviário desta, está fadado a ser um sucesso. As demais classificativas da prova desenrolam-se, com critério lógico, coerente e sequencial, por paragens mais a norte do distrito de Lisboa, como são os concelhos de Sobral de Monte Agraço, Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos, Alenquer e Cadaval, alternando zonas de coração com segmentos de muita condução, num desafio assumido aos pilotos que procura premiar-lhes o talento e a habilidade em guiar o mais depressa possível em classificativas espetaculares.
Os fóruns de debate convergem no sentido de considerar os Ralis a segunda modalidade desportiva mais popular em Portugal. Mais de sete dezenas de eventos anuais disputados em todo o território nacional levam às estradas [pelo menos] centenas de milhares de espetadores, além dos muitos outros que seguem as provas à distância através dos meios de comunicação social ou pelas redes sociais.
Do mais empedernido e conhecedor adepto até ao curioso, que aflui aos eventos à procura de emoções fortes, a comunidade de adeptos da modalidade é grande em dimensão e territorialmente abrangente, tornando-se um alvo apetecível para empresas promoverem os respetivos produtos.
Um Rali disputado dentro e nos arredores de Lisboa, no coração de uma gigantesca mancha urbana, vai ao encontro das empresas que investem neste desporto [numa escala, somada, de muitos milhões de euros anuais] no sentido de lhes gerar forte retorno publicitário.
Dentro de tal filosofia organizativa está a ser trabalhada a divulgação da prova do ponto de vista mediático [com natural destaque para os operadores televisivos], e estão desde já estabelecidas parcerias com as autarquias no sentido de uma ampla promoção cultural, social e económica dos territórios onde a prova passará.
O Rally de Lisboa pretende não só fidelizar os aficionados da região da Grande Lisboa, que gostam e se deslocam aos Ralis, mas também arregimentar novos públicos para a modalidade.
O propósito de levar este desporto até às pessoas é assumido. Sinalizar os Ralis como um desporto popular, que se disputa nas mesmíssimas estradas onde o condutor comum passa todos os dias, é premissa fundamental em torno deste projeto.
A prova tem sem complexos uma identidade urbana, Centro Operacional, Parque de Assistência, Parque Fechado e Pódio, sedeados no Parque das Nações ou no troço a disputar na Alta de Lisboa, mas não tem pruridos em afirmar uma matriz também rural ao explorar, por exemplo, a zona de vinhedos a norte da capital do país.
Espera-se, em suma, enorme multidão de entusiastas a seguir o Rali, aliás bem servido de acessibilidades [aeroporto; ferrovia; autoestradas] a partir de qualquer ponto fora da Área Metropolitana de Lisboa.
Respeitar os pergaminhos da cidade e região de Lisboa no contexto dos Ralis nacionais e internacionais, não pode conseguir-se sem inovar e lançar sementes que germinem para o futuro. O Rally de Lisboa pretende dar esse passo, consubstanciando-se numa prova com laivos de inovação que se pretende fortemente apelativa para concorrentes e público, além de, em paralelo, constituir-se como investimento de retorno garantido para os respetivos parceiros institucionais e patrocinadores de equipas e pilotos.
Move o CPKA uma pulsão de fazer acontecer. Há poucos meses seria inimaginável um Rali em Lisboa nos moldes e com a identidade do projeto proposto para 2021. Hoje, pode-se afirmá-lo, o mesmo é uma realidade.
Talvez até uma necessidade para todos aqueles que, numa visão abrangente e alavancada no crescimento sustentado da modalidade, olham para os Ralis para além da sua vertente competitiva procurando projetá-los no conceito de entretenimento onde se devem em complemento posicionar. Um extraordinário espetáculo de velocidade, som, luz e cor, será pois, uma realidade para o próximo dias 18 e 19 do mês de junho. Na grande Lisboa!
CPKA – Clube de Promoção de Karting e Automobilismo




